the seven kingdoms
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Mensagem por Kylo von Einzbern Qui Abr 02, 2020 11:04 am
RP Fechada entre Kylo von Einzbern & Sicília Lynn Rinslet.

Kylo continuava a sua jornada rumo a Montana, quando sobre a rodovia encontrou uma jovem com o mesmo objetivo. Então, pensou, porque não permitir que ela se juntasse a ele nessa empreitada? Dois é sempre melhor do que um.
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Mensagem por Sicília Lynn Rinslet Sex Abr 03, 2020 1:52 pm
Sicília
Sweet girl
Aproximando-se silenciosamente, ia abrindo caminho pela pequena planície, cada passo mais suave que o último, o capim alto seguia alheio a sua presença, no perfeito ritmo do vento, mal balançando com os movimentos do predador. Os olhos felinos se mantinham fixos na presa, que, tranquilamente se alimentava próxima a um pequeno arbusto.

Quando os pássaros bateram as asas alçando voo em desespero, fugindo em polvorosa das poucas árvores ao redor, o pequeno herbívoro ergueu o pescoço assustado, os seus instintos em desacordo o alertavam, PERIGO, e isso se espalhava rapidamente por cada uma das suas células, e quando este instinto primitivo desperta, a única ação é fugir. Infelizmente o estalar de clareza não veio a tempo. O enorme puma já estava a poucos metros de distância, e tudo que precisou fazer foi dar dois passos precisos e rápidos para com um salto abraçar o veado, fincando as suas garras afiadas no seu coro, ao passo que, as presas do atacante sendo tão cortantes como as espadas mais mortais, mutilavam a garganta da caça abatida.

O som dos ossos sendo partidos e mastigados, junto a carne sendo rasgada, eram — altos e inquietantes! —, pensava Lynn, enquanto se mantinha escondida na carcaça enferrujada de Honda Civic. Foi pura sorte a jovem ter parado para tomar um pouco d’água no cantil bem naquele momento, alguns minutos antes do predador local se aproximar para a sua caçada. Quando averiguava o porta luva do veículo abandonado, a garota deu uma última olhada no mapa de Montana, coisa que lhe fez gastar mais dois minutos do seu tempo, e evitou que está desse de cara com a fera se alimentando lá fora. “O puma, popularmente conhecido como “leão americano”, é um dos maiores felinos predadores de todo o planeta.... O corpo dele é perfeitamente adaptado para atingir velocidades altíssimas e realizar grandes saltos, sendo um exímio caçador.”. — Ou algo assim... — Disse baixinho para ouvir a sua própria voz, curiosamente, lembrou-se do animal de uma descrição num artigo que lera em uma antiga biblioteca alguns dias antes.

— Puta que pariu... hunf, hunf, hunf... É a vida seguindo seu ciclo! — Grunhiu em sussurro. Mesmo com o susto inicial, a jovem sábia que dera sorte por estar onde estava naquele momento. Dos males, o menor. Curiosa, arqueou-se sobre o assento do motorista e cuidadosamente pôs-se a assistir o espetáculo brutal, preocupada em não fazer barulho, afinal, não queria ser parte do menu. Mesmo trancafiada, conferiu as portas do esconderijo improvisado, rolando para o assento traseiro, deitando-se para tentar relaxar. Passados os primeiros minutos, ela continuava alheia ao predador se banqueteando a poucos metros dali. Por mais natural que pudesse ser aquela cena, ficava imaginando se a presa conquistada tinha filhotes, se o animal pacífico suspeitara logo ao amanhecer, que este seria seu último dia de vida.

Sorrindo irônica, deu-se conta que não estava pensando no pequeno veado, mas sim em si mesma, nas pessoas do seu passado, em como a vida é essa coisa tão frágil. Irritada, limpou a face suada com as mãos e faminta, buscou na sua bolsa algo para comer, pois percebeu que ainda passaria um bom tempo ali.

Algumas horas depois.

Abrindo os olhos devagar, Lynn se sentiu atordoada, porém, ao ouvir um som baixo, similar a passos suaves, ignorando a sonolência, se ergueu rapidamente estimulada por uma onda de terror que lhe percorreu a espinha, prendeu a sua respiração, e buscando se acalmar olhou em volta do veículo, procurando ameaças, percebendo, no entanto, só havia um par de esquilos correndo perto dali. Ainda assim, balançando a cabeça negativamente se recriminou por ter apagado. Mesmo estando a dias na estrada, quase sem parar, nunca se deixava ficar tão exposta abeira da via, caso um “deles” aparecesse, mesmo domado aquele puma lá fora não rira ser útil. — O puma ? —  Quando se lembrou do felino, buscou-o também, e notou que não estava mais lá, olhando para o céu, viu a mudança do sol, e pela temperatura caindo, por certo já devia ter se passado umas duas horas desde que adormeceu, e logo o dia estaria terminado.

Hora de ir!

Antes de seguir seu rumo estrada adentro, foi conferir o lugar onde o seu companheiro de refeição se “nutriu”, e para sua alegria, o predador não fez a lição de casa. Ainda restava uma coxa quase inteira presa ao que sobrou do animal devorado. Sorrindo, a morena apanhou seu canivete, mordendo os lábios enquanto ia serrilhando as partes intocadas da carne. Pelo visto, teria mais que sobras de pão no seu jantar, muito mais que nos últimos dias.

Instantes depois, a beira da rodovia, caminhava a passos lentos, sem conseguir apreciar a beleza do lugar, cuja natureza avançara ferozmente com o desaparecimento quase que completo da interferência humana. Esta pensativa, na sua mente, a imagem dos animais de algumas horas atrás se enfrentando no duelo natural pela sobrevivência ficava martelando as ideias. — O mais forte sobrevive! — Sussurrou coçando a cabeça sobe o capuz da jaqueta de couro marrom. Seu olhar, sempre fixo nas suas botas, não demonstrava empatia alguma, enquanto silenciosamente seguia cabisbaixa. Ciclicamente remoía o quanto esse fato lhe incomodava, a lei do mais forte, a lei da selva, que sempre imperou no mundo, — pena a humanidade ter esquecido isso por tempo demais!

CRAKC!

Um som alto ecoou perto dela, a retirando do transe reflexivo em que estava. Estática, a jovem virou o pescoço para a esquerda, mirando uma grande colina que se estendia ao lado da rodovia. Sua visão subitamente viu um medo profundo, quando, em meio ao relevo, encontrou outro olhar, fixo a ela. Um homem, aparentemente sozinho também a fitava. Analisando a situação, notou que o indivíduo era outro viajante, assim como ela mesma. A questão era, amigo ou inimigo. Pela expressão facial, aparentava estar tão cansado quanto, logo, deveria estar a dias na estrada. Não era um homem grande, mas tinha uma boa estrutura física, — bonito. — . Fisicamente estava bem. Poderia ser um Prior?!.  Fez uma pequena careta.

Com as mãos no bolso da jaqueta, respirou fundo, não podia se entregar ao medo, aquele desconhecido poderia ser perigo, e pavor é um tempero que torna toda ameaça mais do que ele é. Lição que aprendeu a duras penas nos últimos anos. A pistola Escondida, não daria tempo! Canivete? Na bolsa. Suas opções de defesa pareciam limitadas, enquanto os dois seguiam em silêncio. Até ela ouvir a voz dele. — Olá...! — Retribuiu seca, tentando não transmitir nervosismo. Encarando o rapaz nos olhos, séria a cada movimento. Sorriu meiga, fixando o olhar no horizonte da rodovia, imaginando se sairia viva daquele encontro. Em sua mente, se repetia a frase, “A lei do mais forte, a lei da selva!”, amargando o quão ruim era ser uma ulter nesse mundo. Esfregou as mãos uma na outra apreensiva.



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Mensagem por Kylo von Einzbern Sáb Abr 04, 2020 12:31 pm
Kylo Ren
local: Rodovia de Nevada | objetivo: Interação | com: Sicília
Percorrendo as extensas e desertas estradas de Nevada, Kylo continuava a sua jornada para o estado de Montana. Onde boatos relatavam sobre a existência de uma suposta comunidade ulter, ou seja, humanos que não tinha se submetido ao soro. Já fazia semanas que tinha iniciado aquela viagem sobre a sua estimada motocicleta, passando por inúmeras aventuras pelo percurso, assim como conhecendo pessoas que ganharam o seu afeto. Certa noite ficara instalado sobre uma pequena fazenda próxima a Las Vegas, cujos proprietários o acolheram e o ajudaram com provisões e combustível para a moto. O simpático casal Joseph e Martha, foram muito bondosos e atenciosos com Kylo, no entanto, não atenderam o seu pedido para partir com ele rumo a Montana. O objetivo desse pedido foi a perseguição de priors na região, uma vez que, embora, existissem poucos, eles compensavam os seus números com brutalidade e frieza para com os ulters. Exterminando-os como insetos, ou melhor, objetos a serem descartados.

Devido a isso, Joseph e Martha não estavam mais sobre esse plano terrestre, foram capturados e assassinados por um grupo de priors na manhã seguinte, após a partida de Kylo. Mas, devem se perguntar, como o von Einzbern sabia disso, certo? Simples! Porque tinha se esgueirado sobre a floresta e visto a execução de ambos, depois de identificar a fumaça proeminente da região subindo sob o céu. Kylo até pensou em reagir e salvar o acolhedor casal, contudo, estava em menor número e era esperto demais para arriscar a sua vida numa batalha perdida. Sendo assim, persistiu em seu objetivo inicial.

Chegar a Montana era o seu único objetivo, mesmo que se afeiçoasse as pessoas pelo caminho e desejasse ajuda-las em seu suplício pessoal. Não padaria por nada, possuía uma ambição grande demais em concluir os seus planos e a frieza necessária para executa-los. Ignorando tudo e todos que fossem tirar o seu foco disso. Independente de possuir ou não afeição pelo indivíduo em questão. Kylo era proeminente da cidade de Los Angeles, se não ele fosse tão frio e determinado quanto demonstrava, jamais teria sobrevivido naquela metrópole.

Um suspiro exausto escapou de seus lábios ressecados e ele sacou o cantil com água de sua mochila, bebericando do líquido sob o mesmo. Refletindo no processo sobre o percurso e quanto tempo mais levaria para chegar a Montana. Fazia dias que estava sobre a estrada, decerto que a viagem era longa para alguém numa motocicleta, afinal, tinha de parar para abastecer, descansar e se alimentar. Entretanto, estava demorando demais para chegar, estaria ele perdido? Se perguntou, guardando o cantil e retirando o mapa. Observando-o em silêncio por alguns minutos e percebendo que não, não estava perdido, muito pelo contrário, se encontrava sobre o caminho correto, então, porque toda essa demora? Talvez por ansiedade de encontrar um lugar sem a presença de priors, onde também não teria de viver novamente os horrores do seu passado.

Kylo meneou a cabeça levemente e espantou esses pensamentos conflituosos, ligando a motocicleta e partindo novamente com destino a seu objetivo. Chegando tão longe quanto podia nas próximas horas, até que cedeu a exaustão e estacionou próximo à colina na rodovia. Buscando recuperar as suas forças, quando os seus olhos astutos recaíram sobre uma presença feminina não muito distante de onde estava. von Einzbern estreitou os olhos e encarou a jovem, como se estivesse julgando sobre o que ela era, humana ou modificada pelo soro? Uma ulter ou prior? Questionou-se, à medida que lembrava de suas armas — pistola e o cutelo —, ambos presos no cinto sobre sua cintura. Kylo caminhou alguns centímetros a frente, ponderando se sacava a sua arma ou não, entretanto, preferiu dar uma chance a jovem. Ela poderia ser uma viajante fugindo desse mundo brutal como ele, certo?

— Ei você! — Disse secamente, chamando a sua atenção. — O que faz sozinha e a pé nessa estrada a essa hora? Fugindo de algo? — Emendou, sem tirar os olhos da garota. Suavizando um pouco a sua expressão até então carrancuda, após notar o seu sorriso meigo, ela parecia tão nervosa quanto ele, encarando o horizonte sem a certeza de sobrevivência ou mesmo segurança. Se ela fosse uma prior já o teria atacado, certo? Ponderou, esperando uma resposta por parte da mesma.
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Mensagem por Sicília Lynn Rinslet Sáb Abr 04, 2020 4:38 pm
Sicília
Sweet girl
Sentada em um pedaço de tronco de árvore, Lynn observava as chamas dançando na fogueira, e admirava a oscilação incandescente que as pequenas fagulhas causavam. Para ela, admirar beleza genuína brotando em algo tão simples, era uma forma de se desligar um pouco da crueldade da vida. Em contra partida, ver Kylo ali, sentado, a alguns metros de distância, isso sim aparentava um estranho vislumbre. Não estava mais acostumada a dividir muitos momentos com outros seres humanos.

Seu pai era um homem estudioso, amante da filosofia, e mesmo tendo passado a maior parte de sua vida sem ele, um pouco de seus gostos ela conseguiu herdar. Recordava-se de algumas coisas que lera quando em seus raros momentos de paz. Aristóteles, um antigo filosofo grego, ou de algum lugar próximo, disse uma vez, “o homem é um animal social”, — Ele mudaria de ideia se visse como isso mudou em dois mil e quinhentos anos. — Pensou consigo.

Algumas horas antes.

Tentando conter o nervosismo e se sobressair, a garota respirava lenta e profundamente, ensaiando mentalmente suas melhores opções no momento. Ao que ouviu o desconhecido cortar o silêncio. — Olá...! — Retribuiu seca, tentando não transmitir nervosismo. Encarando o rapaz nos olhos, séria, sorrindo timidamente e o estudando a cada movimento. — Sim, estou sozinha... E, bom, não tenho carteira ainda, então, andar é só o que posso fazer?! — Respondeu em tom de galhofa, mesmo que estranhando o questionamento. Embora ele não parecesse um ulter saqueador ou pior. — E você, não está fugindo também...? — Retirou o capuz. balançando os cabelos.

— Indo pra Montana, alguns dias de viagem já. E você? — Questionou-o um pouco mais tranquila. Virando-se para ele e dando alguns passos para fora da estrada, tentando se mostrar amigável. — Não, meu objetivo lá é outro... Mas o que você disse? — Indagou descrente no que acabara de ouvir. — Isso não é possível! — Afirmou, tanto estranhando quanto descontente consigo mesma. — Bom, isso é simples, priors, despers... Esses filhos da... exterminaram todos os grandes grupos, não tem mais como ter uma comunidade por ai. — Vociferou quase indignada com a ideia.

Percebendo sua exaltação demasiada, a jovem se deu conta do erro que estava cometendo, não em descrer na existência de um grupo grande de humanos, mas sim em estar desnecessariamente atacando o desconhecido. — Olha... Foi mal... Errr... Me desculpa...! — Retirando as mãos dos bolsos, baixou o capuz enquanto mordiscava o lábio inferior, evitando um contato visual direto. — ... O dia foi cansativo, então... Bem, só tô tentando encontrar um lugar para acampar e descansar, sem problemas, tudo bem? — Mais acometida, preocupou-se em selar a paz. Ela não o conhecia, nem ele a ela, arrumar um conflito com alguém que não parecia estar buscando isso, apenas por crenças particulares não era racional.

— Lynn, Sicília Lynn Rinslet na verdade. —
Pausou por alguns segundos, olhando o entorno. — Kylo né?! — Aferiu enquanto coçava o cabelo e se questionava. — Então, não pretende me estuprar não é?! — Indagou o encarando, irônica, porém, com certa verdade na interrogação. Ao que se divertiu com o efeito desconcertante que encontrou. — Acredito em você... Não sei você, mas estou com fome, está ficando tarde, por que não fazer uma fogueira. — Abrindo a mochila deu um leve sorriso de canto.


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Mensagem por Kylo von Einzbern Dom Abr 05, 2020 9:58 am
Kylo Ren
local: Rodovia de Nevada | objetivo: Interação | com: Sicília
Observou a jovem com atenção, esboçando uma expressão divertida diante da resposta dada pela mesma. Obviamente, possuir ou não uma carteira em tempos como aqueles não fazia a menor diferença, viajantes não iriam encontrar ônibus sobre aquela rodovia, Kylo duvidava que dificilmente fosse existir algum em estrada alguma. Logo possuir ou não uma carteira não faria diferença, não era necessário, o mundo civilizado movido a dinheiro e transporte fora das metrópoles parecia ter acabado há muito tempo. Um sorriso triste surgiu sobre os lábios do rapaz ao lembrar disso, no entanto, ele preferiu se manter focado na garota, metros a frente. — Não é como se fosse fazer diferença, certo? Dificilmente uma carteira com dinheiro seria útil nessas estradas. — Balbuciou, antes de cair em seguida sobre o questionamento da outra, ele estava fugindo? Sim! De fato ele estava! E aquela jovem certamente nem poderia imaginar do quê ou por que, Kylo também não pretendia entrar em mais detalhes acerca disso. — Quase isso, mas em tempos como esses todos estão fugindo de algo de certa forma… — Disse mais para si mesmo, do que como resposta para ela. Uma verdade difícil de ser ignorada para os humanos remanescentes, todos os ulters sempre estavam fugindo em prol de sua sobrevivência. Refletiu, embora, a sua atenção tenha sido roubada para a jovem, que no momento tirava o capuz de sua cabeça, de modo a expôr a sua bela face e as suas longas madeixas negras.

Cena que roubou a total atenção do von Einzbern por um longo instante, ludibriando a sua mente com a indescritível beleza da morena. Fazendo-o ignorar por um instante, a resposta sobre o destino que ela buscava naquela viagem, que por coincidência se tratava do mesmo que o seu; o estado de Montana, mesmo que não parecesse ser pelos mesmos motivos. Kylo meneou a cabeça levemente e novamente ficou os seus olhos na visão da jovem, atendo-se a conversa. — Indo para a Montana? Buscando a comunidade ulter? — Questionou, partindo do pressuposto que pela sua aparência gentil e falta de hostilidade, ela também tratava-se de uma ulter. Contudo, surpreendeu-se por esse não ser o motivo da mesma buscar chegar a Montana, na verdade, ela parecia um pouco cética com a informação sobre a existência de uma comunidade ulter naquela região. Mas Kylo entendia bem, já que isso soava para os mais descrentes daquele mundo em que viviam atualmente, como uma utopia, um lugar ideal apenas em sonho. Porém, que jamais seria encontrado, ou pior, que sequer existia de verdade. — Existe uma grande comunidade de ulters em Montana, no parque Yelowstone. Nunca escutou falar? É sim! E completamente possível! Tanto que estou né dirigindo para lá. — Ele fez questão de enfatizar que a existência era possível, ou melhor, uma verdade pura e explícita. Talvez porque, no fundo, temia que aquela informação não fosse verdade e ele estivesse num objetivo sem sentido.

Kylo cerrou os olhos e suspirou, imaginando como nunca tinha pensado sobre como tudo acerca de Montana poderia apenas se tratar de um boato falso. Por outro lado, no fundo, sábia que tinha altas chances de ser uma grande verdade e preferia ignorar quaisquer sinais de descrença de sua própria parte, nem mesmo possuía essa opção em sua mente, questionar sobre a existência ou não dessa comunidade. Na sua ânsia de fugir e encontrar um lugar longe do caos para se estabelecer, preferia ignorar a incredulidade e acreditar que fosse possível, mesmo que as chances desse possível fossem muito escassas. Kylo abriu os olhos e encarou a jovem outra vez, optando por não ser cético sobre aquela questão. Iria para Montana e encontraria a comunidade ulter, concluiria o seu objetivo e se manteria longe de sua família e seu passado traumático. — Não se preocupe, de certa forma nunca fiz esse questionamento. Pode ser difícil de existir, uma comunidade assim ainda, mas prefiro acreditar que existe. Do contrário, qual o sentido de continuar vivo num mundo inteiramente dominado por priors? — Kylo descansou ambas as mãos sobre os bolsos do casaco e esboçou um tímido sorriso, percebendo então que não tinha se apresentado para a menor.

— Ah! Propósito! Sou Kylo, Kylo von Einzbern. — Se apresentou, ainda sorrindo, à medida que ela fazia o mesmo. Falando o seu nome, que era “Sicília Lynn Rinslet”, tão bonito quanto a sua dona, pensou von Einzbern, expressando posteriormente um semblante horrorizado com a pergunta que se seguiu da parte dela. Estupra-la? Que merda de pergunta era aquela? Kylo arqueou as sobrancelhas surpreso e tratou logo de responder: — Claro que não! Não sou nenhum estuprador! — Exclamou imediatamente e com demasiada veemência, meneando a cabeça negativamente. Desconcertado com a pergunta.

Horas depois…

— Ainda não acredito que perguntou isso… Eu nem sequer tenho aparência de marginal, bom, talvez tenha de um viciado em narcóticos. Mas devido à exaustão que estou sentido por essa longa viagem. — Comentou, pondo as mãos sob o calor que provinha da fogueira, próximo a jovem. No fim das contas, tinha terminado na companhia da mesma e até pretendia lhe oferecer carona para Montana. Afinal, dois seria melhor que um naquela viagem, se ambos possuíam o mesmo objetivo, poderiam compartilhar o mesmo destino sob aquele percurso.
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Mensagem por Sicília Lynn Rinslet Qua Abr 08, 2020 9:25 am
Sicília
Sweet girl
Sorridente, a jovem permanecia sentada em seu lugar, enquanto ouvi Kylo e brincava com as chamas, cutucando o fogo com um graveto. — Não se preocupe com o que eu disse, foi só uma brincadeira idiota. — Disse quase ignorando o assunto. — Mesmo porque, que tipo de estuprador admite ser um de cara? — Deboche.

Demonstrando claramente exaustão, Lynn massageou seu ombro esquerdo, movimentando seu pescoço, bocejando enquanto tentava afastar a dor muscular das articulações. Havia ficado algumas horas em uma posição desconfortável dentro do Honda Civic. Juntando as horas e horas de caminhada e pouca alimentação. Uma condição de pouco vigor era mais que o esperado. Ainda assim, os últimos anos a tinham treinado para suportar coisas como está e um pouco a mais, o que não as tornava indolores. — Sabe, não estou voltando a Montana apenas a passeio... — Comentou com certa tristeza nos olhos, encarando a fogueira que aquecia seu corpo, mas não afastava completamente o frio da realidade hodierna.

— Já estive em Montana a alguns anos... Não é um dos meus lugares favoritos. — Balançando seu graveto, ia atiçando as fagulhas na fogueira, mordendo timidamente seu lábio inferior. — Meus pais... Foi em uma fuga de priors por Montana que meus pais morreram quando eu era pequena. — Desconcertada, a garota respirou fundo, arrumando os cabelos negros, tentando afastar o clima tenso que tinha criado. — E, bem, não é como se eu estivesse procurando por fantasmas. — Continuou mais amena. — Estava fugindo de um grupo de Priors ao norte daqui a umas duas semanas... Me vi forçada a pegar essa rota, então pensei. Por que não visitar meus pais. Afinal, o mundo já virou uma merda só. — A jovem revirou os olhos. Concluiu com um sorriso no rosto, analisando Kylo.

Pouco a pouco, a tristeza momentânea que foi se instalando em Lynn foi se afastando, não completamente, pois, era parte dela, no entanto, partilhar palavras com alguém em situação parecida a dela pareceu agir em seu organismo como uma terapia. Fazendo-a se questionar se a companhia do homem não fazia bem a ela de fato. — Notei como você se comporta, como anda, já passou por mal bocados também, não é? — Indagou apontando com seu graveto para o rapaz, esperando dele algumas histórias. — ... Se bem que, hoje em dia, quem não?! — Disse dando ombros ao caso. — Acredita que em grupo de pessoas como nós teríamos mais chances de sobreviver? — Tirando o pedaço de carne da mochila, e colocando no graveto.


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