the seven kingdoms
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Mensagem por Cedric B. Oesterlen Dom Abr 05, 2020 11:22 pm
like a stone
Tópico dedicado unicamente às postagens entre Cedric B. Oesterlen e Nina O'Farrell Apterus, restrita aos dois priores. A situação atual acontece na sede de Haziel, a Mapleway, em uma tarde qualquer. É o primeiro encontro entre os personagens, portanto, até então são desconhecidos.


Última edição por Cedric B. Oesterlen em Seg Abr 06, 2020 7:04 pm, editado 1 vez(es)
Cedric B. Oesterlen
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Mensagem por Cedric B. Oesterlen Seg Abr 06, 2020 12:06 am
reconcile the violence in your heart.
Não tenho certeza se gosto de ser chamado de "senhor Oesterlen", embora seja obrigação dos empregados me mostrar alguma formalidade ou respeito. Dou de ombros, nem faço questão normalmente de repreendê-lo, ainda mais se estiver irritado com algo — em momentos assim, obviamente vou querer ser chamado desse jeito.

Sou Cedric Busujima Oesterlen, atual CEO — diretor e chefe majoritário — de uma empresa de desenvolvimento de fabricação de armas: a Busujima Oesterlen Corps. No passado de antes do meu nascimento, eram duas empresas de ramos diferentes: a Busujima Technologies fundada por minha mãe, enquanto a Oesterlen Corps pertencia a meu pai. A família dela é imigrante do Japão um pouco antes da Segunda Guerra Mundial, por sinal. Com mais de 40 anos em mercado ao total, cada uma das duas possuía a sua fama, porém apenas após a união que encontrou seu ápice de lucros.

Fui preparado a vida inteira para assumir o cargo de líder, então não fui pego desprevenido quando soube de tal herança. Meus pais faleceram em uma acidente de avião, está para fazer 4 anos desde o acontecimento. Bom, as forças armadas e especialistas em voo afirmam ter sido um acidente, por outro lado, meu instinto nega completamente isso. Enquanto passavam sobre o Oriente Médio em direção de uma filial que construíam na Síria, as turbinas laterais entraram em colapso e tiveram de fazer um pouso forçado. O veículo virou destroços antes mesmo de aterrissar em solo firme.

Enfim. A sociedade capitalista me possibilitou a sorte de ser um dos primeiros a experimentar o tal soro fisiológico. Sobrevivi a experiência como um dos poucos, ao mesmo tempo em que muitos sucumbiam a ser transformar em feras irracionais. A resistência na imunidade, algo que eu não tinha, se restabeleceu como invulnerabilidade — exagero, sei.

— Boa tarde. — Debrucei os braços em cima do balcão à frente, os cruzei logo em seguida. Não tenho apreço algum nessas reuniões sociais em parceria de algo, bem como hoje eu não estava com paciência para ser CEO. O timbre da voz era sério, mas me esforcei para dar às caras a um meio sorriso. A figura de pele de porcelana diante de mim finalmente reparou não estar mais só. — Eu tinha uma reunião agendada com o Haziel. — Continuei a fim de responder os motivos de minha visita. — Sou Cedric, comando a Oesterlen. — Citar o nome da minha empresa deveria ser suficiente. — Ele se encontra?
//afternoon
//PALO ALTO
//Nina O'Farrell Apterus


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Mensagem por Alya Arryn Seg Abr 06, 2020 2:51 am


work of art

Sensitive and deadly
A kind death is all I can give you

As responsabilidades direcionada a Nina começaram no auge da sua transição de adolescente para jovem adulta, na época em que começa a entender certas atitudes de seus pais, mas ainda sim os critica. Se rebela internamente e procura sanidade mental, diversos conflitos entre criar uma carreira de sucessos e o clichê vender arte na praia. Quando você percebe que talvez o curso daquela universidade não seja o que você procura e você recomeça em outra. No caso, a morena não teve nem ao menos escolha, o destino se encarregou de apenas lhe entregar o que era merecido.

Seu pai sonhava em te-la como uma biomédica, assim como ele, já sua mãe, sonhava em vê-la em grandes produções de Hollywood. Dois lados da moeda, opostos. Mas o que ela realmente queria era entender o mundo, conhecer as pessoas que nele viviam, se comunicar, expressar, aprender seus costumes e culturas. Ela não tinha margens ou limites, diplomacia era um desejo e sempre muito incentivado pelo amigo da família, Haziel. Que parecia prever os acontecimentos futuros, que em resumo, são trágicos demais para serem contados por mim e não por ela mesma.

E naquela manhã conturbada, na falta de alguns funcionários, incluindo o próprio Haziel, tudo era sua responsabilidade. E em meio a papelada que organizava ouviu a voz masculina, apenas ergueu o olhar e assim que o ouviu se apresentar, abriu um sorriso, se colocando em pé para uma breve reverencia: Irasshaimase! - suas bochechas tomaram um breve tom rosado, fora instruída a não fazer aquilo, mas não poderia deixar de colocar seu japonês em prática.

Contornou o balcão e enquanto caminhava ajeitava o vestido social azul marinho, deixando-o liso e justo em seu corpo, como deveria estar: Me desculpe, creio que o memorando não tenha sido enviado a tempo. Você irá conversar comigo, sou Giannina. Ou Nina, mais prático. Sou responsável pela parte de relações da empresa e assistente do Sr. Haziel. Vamos até minha sala? - Apontou a direção para o rapaz com a destra, dando inicio a caminhada.

O eco do salto da morena mostrava o quão silencioso o andar se encontrava, tanto por parte deles quanto do restante dos funcionários, era como se a área fosse exclusiva para os executivos e quase ao fim do corredor ao lado esquerdo encontrava-se o de Nina: Sinta-se a vontade. - comentou assim que adentrou a sala, que chamava atenção pelo estilo de decoração vitoriana que se misturava com a modernidade do prédio em questão. Tendo diversas obras de arte em suas paredes e uma janela tão grande que se juntava com o chão e o teto, dando uma vista incrível para o céu azul perfeito: Você aceita alguma coisa? Agua? Chá? Café? - Procurou ser simpática, mas mostrava certa imaturidade no tom de voz. Mesmo que a pose tentasse mostrar o contrario: Você prefere as cortinas fechadas? As vezes até mesmo Haziel reclama o quão claro eu gosto do ambiente. - Se permitiu rir, sentando-se na cadeira atrás de sua mesa, que por sinal ficava no canto esquerdo da sala, junto a estante de livros.
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Mensagem por Cedric B. Oesterlen Seg Abr 06, 2020 4:24 am
reconcile the violence in your heart.
As sobrancelhas erguidas e arqueadas deixavam claro a minha surpresa em ver que a menina sabia falar japonês. Pisquei uma única vez em resposta ao "irashamaise" — significa "bem-vindo". — Ah... — No primeiro instante, o som foi solto. — Obrigado. — Em menos de 10 segundos depois, pude falar algo decentemente ao cumprimento. Reverenciei com a típica curvatura da coluna para frente. Recompus a postura então, prosseguindo com os questionamentos a respeito de Haziel. Todavia, não desviei os olhos da coloração rosada que pintou as bochechas salientes da menina defronte.

Permaneci a acompanhar os movimentos alheios. A de cabelos morenos contornou o balcão, do qual estava detrás até então. Veio para perto de mim, após ajeitar o vestido azulado. Nesse meio tempo, tive a oportunidade de fitá-la melhor: pele delicada como porcelana e cor de marfim, fios levemente ondulados e, assim como os olhos, possuíam coloração de avelã. Embora a expressão de tão jovem quanto eu, exalava dela uma aura intelectual. Giannina era o seu nome. Naturalmente, ouvindo sobre que meus assuntos não seriam tratados diretamente com o responsável pela corporação Mapleway, estalei a língua no céu da boca.

— Acho que não, não tenho certeza. — Levantei a mão até o queixo, o tocando com as pontas dos dedos, pensativo. — Mas, quando verifiquei meus e-mails no caminho para cá, tinha nada. — Informei. Porém, enfim, não importa. — Tudo bem, vamos até a sua sala. — Concordei com a sugestão da menina para irmos à sala dela e, assim, ter uma conversa privada digna de adultos e homens de negócios. Esperei pelos passos, assim que tive a direção indicada. Os segui lentamente, mantendo uma distância segura entremeio a nós. Caminhava com as mãos nos bolsos da social preta.  

Diferente dos meus pensamentos, o barulho era nulo por aquelas redondezas. O único som a ser ouvido era das solas dos sapatos de encontro ao chão. Não tardou para chegássemos ao destino. Foi gentil da parte de Nina abrir a porta, que eu acomodasse como se o lugar fosse meu. Me fui para lá, enquanto minha curiosidade visual aprecia a arquitetura e design interior. Avistando a mesa grande próximo a uma estande de livros, fiquei imóvel e ereto atrás da cadeira do visitante. — Café preto. Sem açúcar, por favor. — Respondi à oferta com voz doce do mesmo que a funcionária da empresa utilizava. Aguardei para que não fosse o primeiro a se sentar, o fazendo como segundo. A pergunta me obrigou desviar a atenção à janela e averiguar a iluminação. — Não. — Balancei a cabeça para os lados. — Não me importo que esteja claro assim.

Admirei o líquido preto do café na xícara. O conduzi a meus lábios e tomei em poucos goles. — Está como gosto. Obrigado. — Quis parecer cortês da minha parte com o agradecimento sincero. Entretanto, o larguei num canto mais distante da mesa sobre o suporte de vidro. O longo suspiro esvaziou meus pulmões, eles estavam cheios por muito tempo. Tirei do meu colo a pasta com documentos que carregava em mãos — algo que não citei até o devido momento. O entreguei nas mãos da morena. — Você é o braço direito do Haziel, certo? — Uma hipótese genuína. — Suponho que já esteja a par do contrato que tenho com ele de descarregamento de armas da minha empresa. — Não me enchi com papas na língua, fui direto o mais rápido possível. — Para falar de valores, é só dar uma olhada na página 20. — Haviam muitos zeros.
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Mensagem por Alya Arryn Ter Abr 07, 2020 7:55 pm


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Para ele café preto, para ela chá de maçã com canela. Ambos os cheiros lhe traziam calma e enquanto o rapaz estava apressado com a papelada e toda a negociação a morena mostrava uma postura serena, apreciando da bebida quente que lhe aquecia de dentro para fora, poderia até jurar que Nina soltou um baixo "hmmm" junto ao suspiro quando o primeiro gole chegou ao fim. Mas isso são detalhes irrelevantes agora, voltemos a reparar nos negócios que eles estavam ali para resolver.

- Haziel não precisa de um braço direito, mas precisa de alguém com uma visão diferente, além do que ele pensa. Estou aqui exatamente por isso, Sr. Oesterlen. Inclusive, acho graça em seu nome, seus traços asiáticos são bem marcantes, diferente do nome extremamente americano. - Nina tomou a papelada em suas mãos abrindo um sorriso para o rapaz, mostrando não haver maldade em suas palavras, tentando criar um vinculo de amizade com o moço. Assentiu sobre a pagina em que se encontrava os valores, mas nada disse, apenas folheou o documento até separar essa especifica folha e vira-la para baixo sem ao menos olhar os números: O preço será justo, lhe garanto. Mas não será discutido agora. - demorou alguns minutos para ler o contrato, aos poucos a sua xícara de chá ia esvaziando, mas sua sobrancelha franzida entregava não estar satisfeita com algo.

Por fim, com a pasta fecha, apoiou os cotovelos sobre a mesa e com ambos os indicadores sobre os lábios: Eu não achei a motivação de sua empresa, está certo que houve um porque para a criação dela a anos atrás. Mas e agora? O que levou vocês a continuarem? Por que se manter no ramo além dos lucros? - A menina inocente de antes dava espaço para a mulher falar, a postura inocente era apenas uma fachada para as boas vindas, Nina estava ali para desmontar seus parceiros que sempre vinham prontos para o cru, o famoso arroz com feijão entre as negociações, ninguém se dava bem com improvisos. Puxou sua cadeira para mais perto da mesa, ignorando o fato de que por acidente a ponta do salto tocava na batata da perna esquerda do asiático, continuando as perguntas: Quem são vocês e o que os representa, Sr. Oesterlen?
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Mensagem por Cedric B. Oesterlen Ter Abr 07, 2020 10:30 pm
reconcile the violence in your heart.
O sabor do ferro atiçava o meu paladar, via o momento para entornar os restantes dos goles na xícara branca. Acredito eu que o metabolismo acostumado com a cafeína, sequer se incomodava mais com a falta de açúcar. Parecia doce igualmente. Dei de ombros e agi motivo pela gula do instante. Apanhei a alça do objeto e novamente o levei de encontro aos próprios lábios, onde levei o líquido a descer pela garganta. Já havia lhe entregue a pasta com o amontado de papéis — o documento de contrato — quando ouvi o questionamento a respeito de minha pessoa, isto após um pequeno monólogo como explicação à posição dela na corporação.

— É algo que me falam com certa frequência, pode ter certeza disso. — Eu já sabia o roteiro para responder aquilo de cor, tenha certeza disso. Depositei novamente a xícara em seu suporte, assim como não a tocava mais. — Eu só sou 1/2 asiático. No caso, japonês. — Corrigi o final da frase e especifiquei a que lugar de toda a Ásia venho. — Minha mãe nasceu nos Estados Unidos, filhos de imigrantes do Japão, enquanto meu pai era americano mesmo. — Fechei a face, enquanto engrossei a voz. Dava a impressão de estar mais sério assim que recolhi os braços ao tronco, os cruzando. — Meu nome completo é Cedric Busujima Oesterlen.

Mantive a pose. Nesse meio tempo, a de cabelos escuros já folheava as páginas em seu devido tempo. Não sou paciente com nada nessa vida, nem faço questão de enganar os demais quanto a isso. Com o pé direito, o movimentava e fazia a ponta do sapato bater silenciosamente ao solo de lajota repetidas vezes. Ouvir que o preço da oferta estava consentido me obrigou a abrir um sorriso largo, do qual mordi os lábios para contê-lo. Pude relaxar a musculatura, a tensão os enrijecia naturalmente. Contudo, franzi a tez como reação às perguntas.

— Acho que ninguém se mantém no mercado por motivos além de lucros, senhorita Giannina. — O maxilar apoiado ao punho fechado, o cotovelo do mesmo no suporte de braços. A encarei, evitando piscar. Um olhar sério e empresarial. — Mas, se eu tivesse que mentir para ganhar a sua atenção. — Embora a sonoridade séria das palavras, talvez até um tanto quanto exaltada, exalava uma carisma. Contudo, pausei em decorrência de algo. Um arrepio gelado me subiu por meio da coluna até a cervical. Seu sapato me tocou sem aviso prévio. Trinquei a mandíbula e engoli um seco. Correspondi, avançando para frente. Estávamos face a face, pude depositar meus braços cansados em cima à superfície da mesa dela. — Eu diria que serviço à segurança da população. — Pronunciei com convicção transparente, havia retomado a presença imponente de antes. Inalei o ar, inflei o tórax. — A Oesterlen Corps significa o quanto a tecnologia pode ser prejudicial nas mãos erradas. Nossas armas são só vendidas diretamente, não a distribuímos em "lojas de esquina".
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Mensagem por Alya Arryn Qua Abr 08, 2020 1:41 am


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Se mostrou uma boa ouvinte com a historia de sua linhagem, o soro havia lhe aguçado esse lado curioso e até que era de seu agrado, a lembrava de que todos ainda continuavam humanos, mas humanos de verdade, com corações quentes e boas intenções: É um nome bonito, combina com o senhor. Acho que somos o reflexo dos nossos nomes, acredito no significado deles. Você tem um nome forte, chegou ao auge da carreira e por sorte o soro lhe fez bem, diria que esta a altura. - Apesar do outro parecer  estar mais "arisco" com as perguntas a morena continuava a lhe jogar simpatia, não forçada, pois notava-se em seus olhos que era a pura curiosidade de uma mente inquieta. A inocência da menina de Haziel era o que a tornava tão especial para ele e seus negócios.

Se permitiu rir ao ouvir sobre a mentira, concordando com o mesmo, nem sempre haviam motivos externos além dos bolsos cheios. Relembrou-se do clichê das palavras de seu pai, mas preferiu não dize-las, "quem vive para o dinheiro, vive sempre por muito pouco", mas não quis acreditar que Cedric fosse assim. O sorriso se abriu e a morena passou a língua sobre os lábios devagar, entreabrindo-os, prestes a falar. Se interrompeu ao perceber que a distancia entre eles estava tão pouca que era possível sentir o calor que o corpo do rapaz exalava, haviam boatos sobre como mestiços pareciam ser mais quentes que o restante dos asiáticos, mas nunca havia confirmado isso, até aquele momento.

Seus olhos ficaram focados nos dele enquanto as respostas iam chegando ao fim. Se encostou na cadeira e finalmente deu espaço para que ambos pudessem ficar mais a vontade, entrelaçando os dedos ao pousar a mão sobre a madeira da mesa que agora parecia mais fria que antes: Nina, por favor. - O repreendeu sobre o nome, arqueando a sobrancelha esquerda, não gostava de seu nome por inteiro e em reuniões como aquela, infelizmente, era obrigada a dizer: Eu sei o seu preço, Sr. Oesterlen. E ja o aceitamos a muito tempo, você pode me deixar assinar o contrato ou me permitir dar a contraproposta. - A morena levantou num piscar de olhos e para frente da parede de vidro caminhou, mantendo os braços cruzados ao olhar para o horizonte, aguardando que o rapaz pudesse estar ao seu lado.

- Se tem uma coisa que eu gosto nessa sala, além das obras, é esse céu. Cada hora uma cor, tudo o influenciando, como o humor de alguém. Rosa quando se esta apaixonado, azul quando se esta feliz, laranja quando se esta em paz, cinza quando se esta triste... infelizmente nem todos tem esse privilégio de apreciar o céu da forma que eu aprecio. Haziel e Abby.... - por instantes ficou quieta, talvez tivesse falado um pouco mais do que deveria, não iria voltar atrás e por isso continuou: Sempre dizem que eu sou um anjinho que veio do céu, que com toda a certeza vou ser devolvida para lá após a morte. Mesmo que eu não acredite em religião, muito menos eles. - sorriu, agora se atentando ao rapaz: Qual é o seu preço para me matar?
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Mensagem por Cedric B. Oesterlen Qua Abr 08, 2020 3:26 am
reconcile the violence in your heart.
"Senhor". Repito: não tenho certeza se um dia vou me acostumar a ter esse título; por hora servia. Sentia os olhos sobre mim sem o mínimo de segundas intenções, tão neutra que podia não ter até reações. Bem, a visão que tive para o momento foi essa, de algo robótico e pré-programado. Já que lido com tecnologia e maquinários constantemente, embora não coloque as mãos no metal, do assunto posso dizer que compreendo. Todavia, ao término da frase, pude ver que era nada além de inocência mesclado a ansiedade da curiosidade logo detrás ao brilho acastanhado dos olhos. Justo.

Me calei, não encontrei porquês voltar a expôr a opinião. O silêncio reinava tanto para mim, quanto para ela. Cada um em um lado da mesa, separados pelo móvel em si. A gente se encarava de olhar fixo. A primeira a dizer algo foi ela, me contestou por chamá-la pelo nome verdadeiro e por inteiro, de acordo com meus pensamentos ao analisar a situação, não era do seu agrado ser tratada por Giannina. A imitei igual ao reflexo de um espelho, ergui a sobrancelha direita enquanto foi feito o mesmo, mas com a esquerda. — Qual é a contraproposta? — Me recolhi para trás, repousei a coluna na cadeira confortável. Mas, embora a sensação imediata, estreitei os olhos.

Me mostrei interessado nas palavras da garota de Haziel. Quando a realidade me retornou à consciência, já a notei de pé. Atrasado, me inclinei para frente antes de estar ereto novamente. A enxerguei se movendo em direção à parede vidrada, então, parei ao seu lado. Apesar do rosto mirando para frente, deixei meus olhos escuros na lateral para enxergá-la, a fitando de canto. A garota era repleta de frases filosóficas, de pensamentos extraordinários e meigos, eu diria. Coloração do céu, ser descendente dele e etc, todos esses fatores eram de contos de fadas. No entanto, fazíamos parte desse conto, ou mesmo desse sonho mal planejado. Desse pesadelo.

— Como é? — Resposta mais do que digna às palavras faladas aos meus ouvidos. De lábio torcido, me expressava perfeitamente por não ter visto o significado oculto sob. Qual é o meu preço para matá-la? — Qual é o meu preço para matar você? — Perplexo, eu era incapaz de matar uma pessoa. Devia ser loucura.
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Mensagem por Alya Arryn Qua Abr 08, 2020 4:07 am


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Chegou onde queria, na emoção aflorada, na surpresa que o outro tinha em suas palavras. Um sorriso talvez sínico tomava conta de seus lábios e a confirmação vinha do som baixo "uhum", apertando os próprios braços que ainda se encontravam cruzados: O que pode me matar, Sr. Oesterlen? O que pode atravessar o meu corpo? O que me levaria ao meu ultimo suspiro? - Não era uma pergunta onde era necessária uma resposta, apenas uma reflexão. Nina gostaria de vê-lo raciocinar, relembrar o que o soro lhe trouxe, um gostinho da imortalidade: Não gosto de me gabar, mas meu pai soube exatamente o que fazer. Somos indestrutíveis. - referiu-se ao soro, amaciando seu próprio ego ao citar o responsável por aquilo.

- Se eu cravar as minhas unhas nas costas não irei te ferir, não conseguiria. Se me segurar pelo braço, me apertar ou me bater, não haveriam marcas para provar. - o indicador tocava o queixo do rapaz, para ser mais precisa, a unha da garota lhe tocava, o pressionava ali com força, descendo por um caminho em seu pescoço, procurando causar algum ferimento, sendo falha a tentativa, parando próximo ao colarinho, onde se permitiu ajeitar: Posso lhe causar incomodo, mas não dor. Se olhar no espelho não haverá nenhum resquício de que eu estive aqui. Sua esposa nunca saberia. - o olhar de maldade era um destaque em seu rosto angelical, o teatro perfeito para atrair a atenção que queria: É isso que queremos e confiamos no senhor...

Voltou para o ponto de partida, a sua mesa. Inclinando o corpo para alcançar alguma gaveta que não estava no campo de visão de Cedric, retirando a pasta de couro avermelhado, entregando-a para ele: Queremos que faça uma arma para matar os de nossa espécie. Não estamos interessados em guerra, mas queremos estar preparados para uma. Além do dobro do que pediu, lhe oferecemos segurança de estar sempre ao nosso lado. Mas, como não lidamos com crianças acho que posso ser sincera. Sua lealdade vale a sua cabeça. O que me diz? - Empurrou a pasta contra o peitoral do mesmo, tendo uma distancia quase nula entre seus corpos. Nina respirou fundo e pendendo a cabeça para o lado novamente tomou a expressão de inocente, num sorriso timido antes de comentar: Agora entendeu por que Haziel deixou nas minhas mãos essa parceria?
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Mensagem por Cedric B. Oesterlen Qua Abr 08, 2020 4:48 am
reconcile the violence in your heart.
Reflexões, elas o forçaram a espremer os olhos. Virou pescoço a fim de direcionar a face à face feminina. O que poderia matar ela? Ou a mim? Os priores — aqueles que sobreviveram à mutação genética do soro — não se machucavam por nada, absolutamente nada até onde os homens atualmente conheciam. Ferimentos não passavam de arranhões em sua pele grossa e, muita vezes, se curavam em instantes, em um passe de mágica. Eles eram deuses encarnados em terra firme e a Apterus afirmava uma certeza: esse grupo seleto eram indestrutíveis.

Receoso ao toque ao ver os dedos avançando, ingeriu o excesso de saliva da boca. O queixo era raspado pelas unhas salientes da menor, quem brincava a tentar com pele local. Enrubescia o local com o atrito, mas nada mais. Enquanto isso, o Oesterlen a observava sob os cílios, ainda com o bico calado. — Do fator de cura e dessa "imortalidade" todos sabemos. — Mexeu minimante a boca para murmurar a primeira parte. Nesse instante, as tentativas de machucados eram feitas na região do pescoço. Porém, não perdeu muito tempo nele e, em seguida, arrumou o colarinho levantado. — Mas qual é o exatamente os seu ponto? Pra que tá falando tudo isso? — Se afastou com um passo para trás, o bastante para admirar a feição maldosa enfim revelada nela. O dito cujo "anjo" não morava mais no Céu, porque "caiu".

Confiança era uma palavra forte. O nipo-americano possuía, acima de tudo, princípios que regiam sua existência como ser humano. Apesar de interessado em dinheiro e todos os benefícios proeminentes dele, se negava a conseguir de modos inconvencionais. No que exatamente confiavam em Cedric? O moreno se questionava referente a isso, estalando a língua no céu da boca. A visão a acompanhou, enquanto Giannina se aproximava da mesa de seu escritório. Inclinada para frente, dedilhando o interior de uma gaveta, de lá removeu uma pasta vermelha como o sangue.

Sentiu a tensão se estabelecer na atmosfera, o próprio ficou pesado em torno de si e parecia sufocante respirá-lo. Ameaçado por uma figura sem físico de psicótico, a loucura se apossou de toda a sociedade. Não havia outra escolha se não concordar com os termos de Haziel, até por estar cercado de cobras em seu ninho e território. — Uma arma para matar nossa espécie? Isso não devia ser impossível? — Refutou. Bom, ou ao menos quis refutar. A encarou, estava tão perto que sentia a respiração quente. Era olhado com tanta tranquilidade, mas não se deu por vencido àquela pressão. — É, agora eu entendo. — Balançou a cabeça para cima e, então, para baixo, simultaneamente. Enrolou os documentos, com o ato se formou um tipo de tudo só para guardá-lo no bolso de trás. Por outro lado, a destra se ergueu e foi de encontro às maçãs salientes do rosto dela. Simulou um tapa com força nula. — E quando começamos? — Dedilhou a pele com a ponta dos dedos, além de esboçar um sorriso venenoso.
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Mensagem por Alya Arryn Qua Abr 08, 2020 5:30 am


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Nunca passou pela cabeça da garota ter que lidar com a questão morte, era um medo que nunca lhe assombrou, até dado o momento do soro não havia nem mesmo perdido pessoas importantes, não havia sequer como saber qual era a sensação de um luto. A ideia de partir desse plano nunca foi relevante, nunca se permitiu chegar aos extremos. E o que o soro lhe trouxe fora essa vontade do perigo, a vontade de se arriscar, a criança mimada que descobre o prazer da dor, talvez a parte sádica estivesse tão escondida que ao despertar tomava conta da menor ali: Para nós nem o céu é o limite, incrível não?

Delicada no riso a garota respondia a ele, deixando a pasta vazia sobre a mesa, dedilhando-a a cada palavra: Essa pergunta eu deveria lhe fazer, Oesterlen. O senhor quem está encarregado de descobrir. Perdeu o que eu disse antes? Posso repetir. Achei que o soro nos deixava com o raciocínio mais rápido. - provocou, dando de ombros. Gianinna, em significado, aquela em que Deus se encontra, ao que se cabe na frase "Deus está conosco", em toda sua forma angelical, abusando de seus traços, sua delicadeza, a macies de sua pele, porém fria feito mármore. Com um sorriso de encantar multidões, uma doçura em seus gestos, a melodiosa voz: Estará a frente desse projeto, lhe darei tudo o que for necessário. Os outros serão testados, quantos quiser, escolha a dedo, mas temos um prazo. Seja pontual, assim como hoje.

O pedestal em que Nina se encontrava era alto, seu ego quase não cabia na sala. Gostava de admirar o olhar "babão" que o rapaz tinha, poderia até rir de sua expressão, mas é como dizem, quanto mais alto, maior o tombo não é meus queridos? Por instinto seu corpo contraiu, as mãos agarraram ao paletó do maior a frente, seus olhos se fecharam com força e um gemido de dor escapou, ou seria de susto. A mordida que havia dado em seu próprio lábio havia sido atoa, o corte que seus dentes causaram ali era pequeno e sumiria em minutos. O toque foi suave, como um carinho sobre porcelana, o poder que antes a menina tinha em mãos agora escapava diante da sua fragilidade. Engoliu seco e não acreditava que um mestiço lhe despertava a curiosidade por mais: Quando achar a hora certa, sr. Oesterlen... tens um toque quente. - as bochechas tomaram o tom rosado e provando do gosto ferruginoso de seu próprio sangue umedecia os lábios com a ponta da língua: Deveria levar a sério as advertências sobre ti.
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Mensagem por Cedric B. Oesterlen Qua Abr 08, 2020 1:55 pm
reconcile the violence in your heart.
O mestiço largou o ar de dentro de si através do longo suspiro. Durante o feito, de fato, se livrou das amarras que o acanharam. Se surpreendeu com as capacidades da Apterus, especialmente em como sabia lidar com quaisquer pessoas e tornar seu palavreado convincente a subjugar os outros a sua vontade. Haziel, você escolheu a dedo quem iria ser o seu porta-voz, não é? — Deve ser. — Deu de ombros diante ao comentário dela, sequer dava a mínima importância ao que conseguiu ou recuperou com os efeitos positivos do soro "medicinal". — Minha vida é mesma com ou sem esses "poderes". — Gesticulou bem a palavra entre aspas.

Algo do feitio de Cedric era sua imponência, não permitia que ninguém ou nada nesse mundo — ou em qualquer outro — tentasse infligi-lo de algum modo. Palavras, muitas vezes, eram tratadas com ignorância. Todavia, por respeito e admiração à sabedoria alheia, evitou comentários desnecessários. — Não, não precisa. — Mexeu a cabeça para os lados uma única vez, um para cada, apenas para confirmar o dito. A olhou de pupilas retraídas, tão sério como estaria a segundos ou minutos atrás. — Uma arma antiterrorista contra uma hipotética revolta não é sinal de medo, ou de fraqueza, senhorita... — Pausou. Avançando uns milímetros para frente, alcançou as proximidades do pé do ouvido esquerdo dela. — Nina? — A pausa foi proposital, claramente. Quis provocar na possibilidade de falar o nome por inteiro. Giannina. — Quanto tempo eu tenho exatamente? — Sem rodeios, uma característica dele.

Com a mão que a tocava, ela reagiu logo em seguida. Se deleitou no ato da carícia e perdeu a postura de superior, se confortando no atrito fraco das peles. Como uma gata domesticada, só faltava ronronar com o fundo da garganta. Ao mesmo tempo, ele alternou a direção dos olhos. Focou a atenção nos dedos finos se agarrando à roupa do maior, assim como os lábios finos e rosados mordidos por ela própria. Suas bochechas tornaram se rosar, porém, dessa vez, o moreno a tinha em mãos. Sentia o calor no local, já que ainda brincava ali. Manteve o sorriso nos lábios, por mais que ele tenha perdido um dos lados.

— Acho que vou precisar da supervisão de alguém de vocês na minha empresa, enquanto trabalhamos em prol de seus objetivos. — Abaixou o volume da fala. O murmúrio rouco foi antecedido pela cabeça pendida na diagonal. — Por que não você? — Não separou o contato físico, mas não mais o fazia na bochecha. Os desceu à mandíbula sem pudor, a expressão de Oesterlen permaneceu a mesma. Não. A tinha em mãos a mercê de seus desejos. — Advertências? — À medida que o polegar corria os contornos da boca, raspando lentamente, a atiçava. — Que advertências? — Deu de ombros. A trouxe para mais perto. A trouxe para selar as bocas. Desse modo, ela podia crer no trabalho do americano.
//afternoon
//PALO ALTO
//Nina O'Farrell Apterus


Cedric B. Oesterlen
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